terça-feira, 19 de junho de 2012

Jornal A Folha volta denunciar descarte irregular de lixo hospitalar na barrinha

Crime Ambiental: Secretaria de saúde de Paraíba do Sul descarta medicamentos de forma ilegal


No início da semana, nossa equipe foi apurar denúncias que funcionários da Prefeitura Municipal de Paraíba do Sul estavam jogando além do lixo hospitalar em local inapropriado, vários tipos de medicamentos.
João Luis Pinto de 68 anos estava passando no local no momento em que um funcionário da prefeitura jogava centenas de caixas de remédios, colocando fogo logo em seguida.
-Eu me assustei ao ver vários medicamentos sendo queimados, não entendi o porquê isso estava acontecendo, porém, me disseram que toda semana é a mesma coisa, bolsas e mais bolsas de caixas de remédios são jogadas no local.
Apesar de todas as campanhas de educação ambiental, promovidas por várias cidades no estado do Rio de Janeiro, envolvendo o descarte correto dos medicamentos vencidos e sobre os prejuízos que essa ação irregular pode trazer para o Meio Ambiente e por consequência para a população, em Paraíba do Sul estás medidas não foram adotadas.
De acordo com a Lei Federal 595/11 os postos de saúde e demais unidades de saúde são obrigados a receber da população medicamentos, vencidos ou não, e os devolverão ao laboratório que os produziu para que este promova o descarte.
O texto da lei ainda complementa que, os laboratórios da indústria farmacêutica ficarão obrigados a receber os medicamentos e deverão proceder ao descarte de maneira segura e sustentável para o meio ambiente. O descumprimento das regras será considerado infração sanitária grave, sujeita a penalidades que vão desde advertência e multa até o cancelamento do alvará de licenciamento de estabelecimento.

Contaminação do terreno e o impacto ambiental

Este tipo de material é altamente tóxico e, portanto, não deve seguir o mesmo caminho do lixo comum. Tratar incorretamente esses resíduos, como depositá-los em aterros comuns ou despachá-los pela rede de esgoto, pode ocasionar contaminação de solo, lençóis freáticos, lagos, rios e represas, atingindo também a fauna e flora que participam do ciclo de vida da região afetada.
A queima de lixo hospitalar em local inadequado é outro problema que os moradores vêm enfrentando.
Segundo os residentes, os funcionários vão até a Estrada da Barrinha, onde inadequadamente depositam o lixo hospitalar, sem qualquer tipo de cuidado ou prevenção a maiores males.
Chegando ao local, notamos que várias ampolas de medicamentos, cápsulas de remédios entre outros estavam jogados na estrada que leva ao depósito de lixo municipal (lixão).
Diversos moradores, indignados relataram vários casos de negligencia por parte das autoridades como, por exemplo, o da senhora Dagmar Pinheiro que há 11 anos mora na estrada da barrinha.
- Todo dia por volta das 9h uma Kombi branca estaciona na estrada que leva ao lixão e joga sacos de lixo e depois coloca fogo, eu acho que é lixo hospitalar, pois são funcionários da secretaria de Saúde, há anos isso vem acontecendo, e para piorar estão jogando caixas e mais caixas de remédios – Disse Dagmar Pinheiro.
Partindo da denúncia feita por Dagmar, nossa equipe permaneceu no local, e não demorou muito para flagrar o descaso com a vida dos moradores próximo ao local onde é jogado o lixo.
Um funcionário da prefeitura chegou com uma Kombi de placa L J W 3263, muito antes da vala construída por eles para a queima do lixo, e na beira da estrada jogou várias sacas com símbolos de material biológico, colocando fogo na mesma.
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), muitas cidades não dão a devida importância a este tipo de problema, não se importando com as consequências. É o que acontece em Paraíba do Sul, onde estes cuidados não são tomados.
A fumaça ocasionada pela queima deste lixo hospitalar é altamente tóxica, jogando ao ar gases poluentes, que fazem muito mau a saúde humana e também de animais.
Segundo a (OMS), a solução deste problema, pode não ser tão complicado, se tomado de maneira correta, depositado e logo incinerado em local apropriado resolve-se um grande transtorno para órgãos de saúde.

Falta de interação entre as secretarias de saúde de nossa região

  A falta de medicamentos em nossa região é constante, com isso a pouca comunicação entre as secretarias de saúde, vem fazendo com que o dinheiro público seja desperdiçado, pois os medicamentos que estão para vencer em uma cidade, poderiam servir para pacientes de outros municípios, não necessitando assim os descartes dos mesmos, já que seriam utilizados antes do prazo de vencimento.


Fonte: JORNAL A FOLHA

2 comentários:

Anônimo disse...

Gostei destes remédios eles não pegaram fogo, esta foi sensacional.

Anônimo disse...

Sabe o que é mais triste?
Depois vamos ao posto e não tem remédio,é uma vergonha!!
Essa é a nossa administração!!
Será que devemos deixar esse povo no poder???