sábado, 3 de março de 2012

Ministério da Saúde divulga índice de qualidade dos municípios brasileiros

Paraíba do Sul recebeu média 5,63 e tem cobertura de 100% da população, mesmo assim a saúde do município vai mal

Na semana em que o município de Paraíba do Sul foi protagonista de um escândalo na área da saúde, com a distribuição em praça pública de uma cartilha de prevenção a danos, que ensina como usar drogas, o Ministério da Saúde divulgou o índice governamental de Desempenho do Sistema Único de Saúde (Idsus), divulgado nesta quinta-feira, e que mostrou que 27% da população brasileira vive nas cidades com as piores notas de qualidade dos serviços da rede pública.
Dos 5.563 municípios, mais de 70% da população (134 milhões de pessoas) vivem nas 4.066 cidades (73,1% do total de municípios) que receberam notas entre 5 e 6,9. Somente 1,9% - cerca de 3,2 milhões de brasileiros - reside no grupo dos 347 municípios mais bem pontuados, que conquistaram nota superior a 7.
Paraíba do Sul fica acima da média Nacional, mas saúde é a área pior avaliada na atual gestão. A saúde do município está doente.
O município de Paraíba do Sul no interior do estado do Rio recebeu a nota de 5,63 ficando acima da média nacional que foi 5,47 e acima da média para o estado do Rio de Janeiro que recebeu 4,58 sendo o terceiro pior sistema de saúde do país.
Mesmo alcançado o índice de 5,63 e possuindo cobertura de 100% da população, a saúde no  município está doente. Diariamente a população vem reclamando da falta de médicos nos PSF’s, falta de remédio e materiais básicos, além também das condições estruturais que algumas Unidades de Saúde se encontram precisando de reformas emergências, o transporte de pacientes é ineficiente, segundo relatos por diversas vezes os veículos quebram durante as viagens. Mesmo com uma população de quase 43 mil Hab. o município não possui uma Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) e não é visto esforços para mudar tal quadro.
Outro grave problema na saúde do município é a falta de um Hospital que atenda as demandas do município, muitas das vezes o paciente chega até a unidade e tem que ser transferidos as pressas para a unidade de saúde do município vizinho de Três Rios. Segundo o diretor geral da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) em Três Rios, de todos os atendimentos realizadas na unidade, cerca de 10% a 15% são pacientes de Paraíba do Sul.
Sendo a área de maior rejeição no Governo Municipal, a área da Saúde recebe milhões de reais em verbas provenientes do Governo Estadual e Federal, no entanto, os investimentos são mínimos.
Em alguns PSF’s a fila para marcação de consultas se inicia as 5 horas da manhã, e como se já não bastasse ainda há limite do número de vagas. Os problemas não param por aí, mas o que a população quer saber são as soluções para os seus problemas e a aplicação do conceito que o paciente tem que está em primeiro lugar.
Você pode acessar a pesquisa completa através do Site do Ministério da Saúde
http://portal.saude.gov.br/portal/saude/area.cfm?id_area=1080 

2 comentários:

Anônimo disse...

Sou especialista em Saúde Pública e vejo que em nosso município não haveria necessidade de ter cobertura de 100% das áreas do município mas sim unidades estratégicas bem aparelhadas, profissionais bem remunerados, pessoas qualificadas e principalmente humanas para exercerem cargos de chefia, comprometimento do poder público com a prevenção em saúde e educação. Mas a população também tem sua parcela de culpa e compromisso, se alimentando mal, tabagismo, alcoolismo, uso de drogas, não uso de métodos contraceptivos, o não uso de preservativos, má postura, falta de higiene dental e esperar ficar com a saúde muito debilitada para procurar ajuda médica lotando as unidades de saúde. Com estas ações com certeza teríamos uma saúde mais digna para nossos munícipes.

Anônimo disse...

Nenhuma novidade, pois quem mora em Paraíba do Sul sente no dia a dia a precariedade de nosso sistema atual, é de tamanha incompetência e desmandos !!!