terça-feira, 18 de outubro de 2011

Evolução Histórica da Geração de Empregos em Paraíba do Sul por Aldeir Honorato

PARAÍBA DO SUL PAROU NO TEMPO NA GERAÇÃO DE EMPREGOS! NÃO É INVENÇÃO!
OS DADOS DO MINISTÉRIO DO TRABALHO NÃO MENTEM!

O presente artigo toma por base o período de 2006 a 2011. Os dados são oficiais e retirados do site do Ministério do Trabalho, no banco de dados "Evolução de Emprego do CAGED - EEC"

O banco existe desde maio de 2003, mas Paraíba do Sul só começou a gerar as informações a partir de novembro de 2006! Como sempre, o progresso aqui chega bem depois! Portanto, não é proposital que esta análise compreende exatamente o período do Governo Gil Leal. Se dispusesse dos dados de 2003 os analisaria também. No entanto, este artigo revela com bastante fidelidade o comportamento do mercado de trabalho em nossa cidade durante esta última gestão.

Considerarei aqui os saldos absolutos e relativos (%) de geração de emprego ao longo dos anos

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TABELA 1: DO AUTOR DO BLOG

Conforme dados de 2009, Paraíba do Sul foi afetada pela Crise Internacional, com a redução do nº de empregos gerados. Nossa cidade estava em clara recessão econômica. Diferentemente de outros municípios, como a vizinha Areal, que no mesmo ano ocupava a 15ª colocação e Três Rios que pulou de 51ª para 29ª na geração de empregos formais.(1)
Em 2009 também Paraíba do Sul foi o município que registrou o menor salário médio, considerando os setores em que foram registradas variações no mercado de trabalho formal.(2)
Informação que me chocou foi o SALDO ACUMULADO DE GERAÇÃO DE EMPREGOS NO PERÍODO DE 6 ANOS:
911 EMPREGOS!
Isso representa APENAS 2,22% da população do município!

Equivaleria a gerarmos, EFETIVAMENTE, 152 empregos por ano!
 

O ano de 2010 foi bom para o mercado de trabalho, recuperando as perdas do ano anterior, no entanto em 2011 houve uma desaceleração no ritmo de geração de empregos.
Se considerarmos o número de admissões e desligamentos, veremos que o mercado formal de trabalho em Paraíba do Sul apresenta alta rotatividade, o que nos leva a concluir que as pessoas não ficam muito tempo empregadas, trocando de emprego em um intervalo curto de tempo. (Maiores informações nesta matéria do Entre-Rios Jornal: Alta taxa de rotatividade no mercado de trabalho formal de Paraíba do Sul preocupa) Isso também é prejudicial tanto para o trabalhador quanto para as empresas. De um lado o empregado fica com a carteira "suja", de outro, o empregador tem elevados custos com a reposição de mão-de-obra e sua capacitação.

Se observarmos a tabela acima e o gráfico abaixo, notaremos que de 2011 apresenta uma tendência de queda, embora ainda satisfatório, mas que preocupa, por não seguir a tendência na geração de empregos da Micro-região Centro-Sul Fluminense.

Em 2006 a população do município era de 39.988 habitantes*, em 2011 é de 41084**. Logo, a população cresceu 2,74%

Gente, imagina, se Três Rios não estivesse gerando tanto emprego? Para onde iria tanta gente trabalhar?
Claro que aqui comparei o crescimento populacional, mas se eu "pegar" as estatísticas da População Economicamente Ativa (PEA) do município, o cenário é pior! Assim que tiver os dados da PEA farei outra análise.

GRÁFICO 1: DO AUTOR DO BLOG

Ainda é cedo para dizer que entraremos em recessão, mas se não houver ações concretas do Poder Executivo, poderemos nos tornar o único município da Micro-Região Centro-Sul Fluminense a sofrer com  uma recessão ou, ao menos, a estar estagnado na geração de emprego e renda para sua população.

Podemos considerar que:
a) Paraíba do Sul viveu um período de estagnação entre 2006 e início de2009.
b) Houve uma depressão econômica no ano de 2009.
c) Houve excelente momento econômico em 2010.
d) O ano de 2011 apresenta uma tendência de recrudescimento na geração de empregos.

Um comentário:

Anônimo disse...

O pior desses dados é que aqui na cidade, quando se está desempregado, a luta por uma vaga é terrível. Temos que lutar contra a falta de vagas suficientes, as vagas que são ocupadas por indicações e, quando tentamos em Três Rios, temos a triste realidade de não consegui-la, já que a preferência, com toda a razão, é para a população de lá. Como já disse, uma triste realidade a nossa!