Paraíba do Sul chora ao ver escapar de suas mãos talvez a maior e a última oportunidade de se industrializar: desejo da maioria dos Sul Paraibanos.
Com o fim dos incentivos fiscais da Lei Rosinha, por determinação do Supremo Tribunal Federal (STF), os empresários não mais pagarão alíquota reduzida de 2% do ICMS.
Soma-se a isso que Paraíba do Sul, tardiamente, resolveu promover incentivos municipais, além de, até hoje, não contar com um sistema integrado de apoio aos empresários, conforme Três Rios fez tão bem e que Levy Gaspariam, embora atrasado, ainda conseguiu sair na nossa frente.
Embora Paraíba do Sul seja a cidade mais propícia na região Centro-Sul Fluminense a uma vocação turística e agrícola, o sonho de se destacar no setor industrial da microrregião se esvaiu pelas nossas mãos.
Preocupados com o assistencialismo populista e focados no "embelezamento" do município, gerações de prefeitos e vereadores negligenciaram o futuro da população sul paraibana.
Na história recente, desde a Sanção da Lei Rosinha, em décadas Paraíba do Sul não via uma chance tão grande de se desenvolver economicamente.
Os conflitos políticos entre situação e oposição e as vaidades pessoais de muitos “representantes”, além da falta de preparo de vários, somados à cultura patrimonialista e fisiológica que dominou a esfera política de nossa cidade, fez com que ficássemos a “ver navios”. Mais preocupados com o ego e o bolso, desperdiçaram diversos momentos históricos. Claro que o povo tem grande parcela de responsabilidade ao longo de gerações.
Hoje, no entanto, brada nos lábios de muitos sul paraibanos que suas esperanças encontram-se depositadas em Três Rios.
Não sentem eco de seus anseios nos poderes executivo e legislativo.
Salvo honrosas exceções de jovens dinâmicos e com visão de futuro, o que sobra são dinossauros vivos de um tempo que merece ficar no passado, porém não esquecido, para que saibamos que ele não pode voltar.
Vejo com esperanças pessoas novas na idade e na mentalidade que almejam extirpar de vez os ares da República Velha de nossas terras.
Ainda falta a compreensão de que um governo não deve apenas não roubar. Ele também não pode deixar que roubem. De que corrupção não é só ilicitude e improbidade; é também o desvio de prioridades.
Ansiamos que 2012 nos traga a surpresa da novidade! Não a novidade de nomes, simplesmente. E sim, a novidade do fazer diferente, do ser portar politicamente com dignidade frente ao povo que os elegeu.
Somos consumidos pelo pessimismo que se abateu. Entretanto, como um corpo convalescente, devemos reagir e recuperar nossa saúde por direito.
Não basta a voz de protesto, que muitas vezes se esvazia de efeito ao atingir ouvidos insensíveis e orgulhosos.
É preciso, sobretudo, atitude social!
Se você se encontra inconformado, seja um alto-falante ambulante a incomodar a amplificar o som de um novo tempo!
AFH, 10/06/2011 Fonte: Blog do Aldeir PV
Um comentário:
Um Governo que não tem competência para tocar uma simples Maria Fumaça, objeto de um projeto maior de desenvolvimento turístico para a Cidade, jamais terá sapiência para trazer desenvolvimento econômico, através de industrias e da própria agricultura para nossa gente.
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