Nas últimas semanas, nos bastidores da política brasileira e principalmente nos corredores do Palácio das Laranjeiras, sede do Governo do Estado, os rumores do PMDB na consolidação do nome do governador Sérgio Cabral para Presidente em 2014, tem se fortalecido como uma proposta factível.
A crise que se estabeleceu entre o PT e o PMDB na votação do Código Florestal abriram uma brecha para que o segundo maior partido da base aliada do Governo, cogitasse um novo nome para a sucessão de Dilma Rousseff.
O nome do Governador Sérgio Cabral é atualmente o mais forte dentro do Partido. O governador desmentiu a hipótese, mas o seu vice Governador Luiz Fernando Pezão, que está de olho no Governo do Estado declara em entrevista ao jornal O Dia “Ele falou que até pode voltar, mas não como senador, deputado, governador. Não quer voltar mais em um cargo em que já esteve. Sobrou Presidente da República... É. O Sérgio uma hora vai parar presidente da República. Isso é inevitável. Ou vice-presidente. Mas em outro mandato.”
No governo do Estado, a briga entre a base do Governador para ver quem será o próximo candidato ao governo é muito forte e ainda temos o fator Lindberg Faria, que nas eleições passadas surpreendeu pelo “boom” de votação alcançada para Senador.
O Articulista Político e Colunista Helder Caldeira, em um de seus artigos retrata muito bem a atual situação da Gestão Sérgio Cabral. Veja:
“O fato de ter investido tudo e mais um pouco para conquistar o oportunidade de realizar as Olimpíadas de 2016 no Rio de Janeiro funcionará como combustível aditivado para uma campanha em torno de seu nome à Presidência. Sérgio Cabral ser o “Presidente Olímpico” é um mote gigantesco para o marketing político-eleitoral que envolve uma disputa pelo cargo mais alto da nação.
Ainda no quesito “positividades”, a política de Segurança comandada com braços fortes pelo secretário José Mariano Beltrame – um excelente candidato à sucessão de Cabral no Rio de Janeiro – vem ganhando cada vez mais destaque e as invasões das favelas para implantação das Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs), transmitidas ao vivo pelos canais de televisão, são pontos altíssimos. Nem tão cedo será possível esquecer aquela cena onde mais de uma centena de traficantes fogem desembestados morro acima durante a invasão da Vila Cruzeiro. Impossível não lembrar das cenas de guerra urbana, quando o governo estadual convocou o Exército e a Marinha para invadir e dominar, em poucas horas, o Complexo do Alemão, aquela que seria a área de maior potencial problemático num processo de retomada do território, dado seu assombroso tamanho.
Se tudo isso merece evidente comemoração, há também muito o que lamentar na gestão de Cabral. Um dos principais desastres é a gestão da Assistência Social. Durante o primeiro mandato, a pasta ficou oprimida pela conhecida ineficiência administrativa da agora deputada federal Benedita da Silva. Ou seja, nada aconteceu e vimos um espetáculo de companheiros “encabidados” na secretaria, enquanto centenas de vítimas das mais diversas tragédias até hoje não conseguem a devida atenção e cuidados socioassistenciais necessários. Para o segundo mandato, com a saída de Benedita, esperava-se um novo momento para a Assistência Social, o que não aconteceu. Visando sustentar a hegemonia do PT sobre a pasta, a cadeira de secretário passou a ser ocupada pelo deputado estadual Rodrigo Neves, que entende tão pouco do rabisco quanto um carioca gosta de jogar beisebol. Mas sabe tudo sobre “cabides” e é isso que parece interessar.
Outros setores também demonstram visível deficiência, como as políticas públicas sobre drogas, um mal que está assolando cada vez mais pessoas, em especial crianças e jovens, e cuja progressão geométrica é assustadora. Nesse mesmo caminho, a Fundação para a Infância e Juventude (FIA/RJ) continua com seu perfil de elefante branco na administração estadual e ninguém é capaz de arrumar essa casa, um verdadeiro “ninho de magarfagarfos cheio de magarfagarfinhos”, relembrando um apropriado trava-língua dos tempos de criança. Por fim, não poderia deixar de citar os vergonhosos salários aplicados aos funcionários estaduais, muito provavelmente um dos piores do país. Muitos ganham um salário-base inferior a R$ 100 no contracheque e tudo além disso são as chamadas gratificações. O problema é que, quando o funcionário se aposenta, ele diz adeus às gratificações e resta-lhe o mísero salário-base. Isso talvez seja a grande vergonha desse Estado sucateado.
Entre o que há de bom e o que há de ruim, a administração de Sérgio Cabral para o Estado do Rio de Janeiro pode ser considerada equilibrada e razoavelmente eficiente. O governador é um bom político e tem uma boa equipe de auxiliares em seu gabinete civil. Mas, como bom político brasileiro, muitas vezes cede às pressões de grupos eleitoreiros indigestos. De toda forma, ele já está a caminho do Palácio do Planalto e não é de hoje.”
Bom é esperar para ver o que vai acontecer com o cenário Político Brasileiro nos próximos anos.
Governo Dilma em 5 meses de Governo:
1. Demite secretário nacional antidrogas.
2. Desestabiliza ministra da cultura.
3. Perde o controle do Código Florestal.
4. Desestabiliza ministro da casa civil.
5. PIB cresce 3,5%.
6. Inflação projetada vai a mais de 7%.
7. Diz que ministro da fazenda está "firme".
8. Tem pneumonia por estresse.
9. Congresso parado pela não votação das MPs.
10. Copa 2014 (...
3 comentários:
Cabral pode ser um nome forte dentro do PMDB, mas Michel Temer ainda é o melhor nome.
Além disso, temos quadros melhores e mais democráticos na política brasileira, como Marina Silva e Aécio Neves.
Vale destacar que o Governo Estadual tornou-se um aglomerado de apadrinhados políticos.
Outras marcas tristes do atual governo são as políticas educacional, de saúde e assistêncial que fracassaram, salvo honrosas exceções, como o HTO Dona Lindu.
Além disso, o tratamento frio, ditatorial e até violento dado a servidores públicos em manifestações pacíficas e ordeiras em suas reivindicações legítimas nos cria uma preocupação de como Cabral irá tratar os Movimentos Sociais quando em um eventual Governo Presidencial.
Certamente pode ser um grande sucesso nos investimentos em infra-estrutura para o país, marca registrada de sucesso de sua gestão.
Ainda é cedo. Ainda dependerá do andamento da COPA.
Eu ia comentar o post mas faço minhas a palavras do companheiro Aldeir, mas uma coisa posso afirmar Para ficar pior do que tá é só colocar o Cabral lá.
Eu voto nele para Presidente !!
Foi o unico com coragem para começar a colocar ordem no Rio de Janeiro.
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