quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

ADAPS poderá fechar em Paraíba do Sul

A Clinica da Associação dos Portadores de Deficiência Auditiva de Paraíba do Sul poderá fechar 
por falta de apoio
A associação dos Portadores de Deficiência Auditiva, ADAPS, poderá fechar caso os municípios da região não ajudem a manter o funcionamento da unidade.

A instituição tem contado com o apoio da secretaria de Saúde de Paraíba do Sul que tem sido a única a ajudar a custear os atendimentos e o gasto com profissionais. Em janeiro deste ano, o instituto teve a sua primeira perda que foi o fechamento do instituto de educação, que ajuda na alfabetização dos deficientes auditivos.

A segundo a diretora responsável pelo instituto a Adaps, Rita Xavier, ressalta que o projeto existe há 12 anos e já contou com a parceria até mesmo da Petrobras.

Os alunos que eram acompanhados por professores especiais, com capacitação em libras, por exemplo, retornarão às escolas regulares neste ano. A maioria dos profissionais, inclusive, não tem capacitação para atender este grupo.

A Adaps atende crianças de diversas outras cidades da região. Somente de Três Rios são atendidas cerca de 200 crianças. Outro serviço realizado pela instituição é o Teste da Orelhinha para recém-nascidos, antes mesma do exame ser obrigatório no SUS (Sistema Único de Saúde). Utilizando aparelhos sofisticados e modernos os exames são rápidos e eficientes.

- O aparelho que temos aqui existe apenas 100 modelos no país – disse Rita Xavier.

(Foto: Rita Xavier)
Os atendimentos são todos gratuitos e, caso os pacientes fossem pagar, iriam ter que desembolsar cerca de R$ 300 por exame. Agora, estas mesmas pessoas, terão que ser encaminhadas para Barra Mansa. “Se o Governo de Três Rios se prontificasse a nos ajudar, já iria beneficiar as crianças trirrienses. Agora pensa bem: o município gastará muito mais ao enviar os pacientes para outras cidades do que, caso resolvesse custear o profissional e dar uma ajuda para a organização”.

Só para constar, segundo a fundadora Rita Xavier, de cada 19 crianças que realizam o exame na organização, pelo menos uma apresenta alguma perda auditiva. “Muita das vezes, o professor e os familiares não sabe porque a criança repete o ano escolar, tem dificuldade e o problema pode ser uma perda auditiva. O nosso objetivo é melhorar a qualidade de vida destas pessoas que não tem condições de pagar pelo tratamento. Isso que precisa ficar claro”, reforçou Rita.

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