quinta-feira, 29 de abril de 2010

Contas Raciais


Política Pública de Contas Raciais:
Até que ponto faz bem à sociedade?
 A superação das desigualdades socioeconômicas impõe-se como uma das metas de qualquer sociedade que aspira uma maior igualdade social. Em face aos problemas sociais, algumas alternativas são propostas para a diminuição de disparidades que mantém em condições diferentes cidadãos de uma mesma sociedade. Uma das alternativas propostas é o sistema de cotas que visaria acelerar o processo de inclusão social de grupos que estão à mercê da sociedade. Uma das justificativas apresentadas para as cotas é que certos grupos, em razão de processos históricos, teriam maior dificuldade para aproveitarem as oportunidades que surgem no mercado de trabalho, bem como também, pelo fato de serem vítimas de uma sociedade preconceituosa.

Segundo o Artigo 37 Carta Magna Brasileira “A lei reservará percentual dos cargos e empregos públicos para as pessoas de deficiência e definirá os critérios de sua admissão”. Ou seja, há as cotas de acessibilidade dos deficientes físicos ao mercado de trabalho. A lei estadual 3.524/00, de 28 de dezembro de 2000 garante a reserva de 50% das vagas, nas universidades estaduais do Rio de Janeiro, para estudantes das redes pública municipal e estadual de ensino.

Porém ultimamente tem-se discutido a questão das cotas raciais, questão está que gera grandes debates por parte da sociedade. Então eu pergunto “Até que ponto é bom para a sociedade as cotas raciais?” Será que a aprovação ou aplicação desta lei não iria criar mais barreiras? Ou o governo quer afirmar que classe A ou B é mais instruída do que a outra? Enfim, em torno deste debate, vários são os questionamentos.

Alguns são a favor de cotas raciais, entretanto o principal problema não é racial, mas o abismo que existe entre as classes sociais no Brasil. Contudo, não podemos negar que há, infelizmente, a prática do racismo no Brasil, mas o que nós temos são informações que mostram que o que distancia as pessoas com cores diferentes é a sua posição social e não cor ou etnia.

O Estado Brasileiro assume sua culpa e incompetência no momento em que se criam mecanismos para a inclusão do aluno de rede pública nas universidades. Afinal de contas, se vivemos num país onde a educação deveria ser igualitária, tanto o aluno de rede pública quanto o aluno de rede privada teriam as mesmas condições de ingressar nas universidades.

O que o nosso país precisa é de uma educação de qualidade, que dê oportunidades iguais para todos os cidadãos.

TIAGO MARTINSDEP. EST. JUV.

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