quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

PREVENÇÃO


Estudo aponta baixo uso de preservativo entre jovens

Estudo feito com 200 universitários da Uenf na faixa dos 22 anos confirma a tendência dos jovens brasileiros de trocar a camisinha por outros métodos contraceptivos à medida que os relacionamentos ganham estabilidade.
Verificada em pesquisa feita em 2008 pelo Ministério da Saúde, esta tendência pôde ser constatada também no estudo "DST/AIDS: Conhecimentos e percepções de estudantes da Universidade Estadual do Norte Fluminense".

Apenas nos relacionamentos considerados esporádicos todos afirmam usar o preservativo para evitar um possível contágio. Em relacionamentos considerados fixos ou estáveis, 28,5% dos entrevistados disseram que não pedem que seus parceiros usem preservativo e 35% assumiram que não usam ou usariam o preservativo.
Um relacionamento é considerado fixo ou estável, para 39% dos entrevistados, quando chega a durar cinco ou seis meses. Já para 16,5% deles, o relacionamento pode ser considerado fixo ou estável com um ou dois meses de duração.

Orientada pelo professor João Carlos de Aquino Almeida, do Laboratório de Fisiologia e Bioquímica de Microorganismos (LFBM) do Centro de Biociências e Biotecnologia (CBB) da Uenf, a pesquisa mostra que, embora tenham um bom nível de conhecimento geral sobre a AIDS e DSTs e suas formas de transmissão, grande parte dos estudantes apresenta comportamento de risco para estas doenças.
Segundo a pesquisa, 14,5% dos entrevistados afirmaram que a falta de preservativo não seria um empecilho para um relacionamento sexual desejado, enquanto 37% deles disseram que só se relacionariam sexualmente sem proteção em determinadas condições, enquanto 5% não tinham em mente que reação teriam frente a tal situação. Menos da metade dos entrevistados afirmou que não teria relação sexual sem preservativo em hipótese nenhuma. Embora tenham demonstrado um bom nível de conhecimento sobre o assunto, metade dos entrevistados não sabia que a contaminação também pode ser vertical, ou seja, da mãe para o filho, através do sangue ou do leite materno.
Também foi verificado desconhecimento em relação ao teste do HIV. Apenas 15,5% já haviam feito o teste e a maioria (62%) não sabia que este teste pode ser feito gratuitamente na rede pública de saúde.
Em 2007 foram registrados 2 milhões de mortes devido à AIDS e 2,7 milhões de novos casos de infecção por HIV. Os jovens na faixa dos 15 aos 24 anos de idade são os responsáveis por 45% das novas infecções. Muitos não sabem que são portadores do vírus, desconhecendo formas de se proteger e prevenir o contágio e a transmissão.

No total, 61,7% dos entrevistados eram mulheres e 38,3% eram homens. A maioria (74,5%) dos estudantes mora em repúblicas e apenas 17% moram com a família (pais e irmãos). Metade se disse católica, 28% crente em Deus mas sem religião, 11,5% protestantes e 7,5% ateus.

FONTE: Secretaria Estadual de Comunicação Social do Rio de Janeiro

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