sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Delegada da 108ªDP destaca os avanços na segurança pública de Três Rios e fala sobre o assassinato da universitária Jéssica

A equipe do Entre-Rios jornal esteve na tarde da última terça-feira (04) na 108ªDP para conversar com a delegada Cláudia Nardy Abbud. A delegada fez um balanço das ações da 108ªDP em relação à segurança de Três Rios no ano de 2011. Cláudia também relembrou crimes de grande repercussão, como o assassinato da universitária Jéssica Phillipp Giusti, em 18 de outubro de 2010. Confira os principais trechos da entrevista.

O avanço na segurança nos últimos anos

Três Rios vive uma fase de intenso progresso nos últimos anos. Atenta a esse desenvolvimento, a 108ªDP, com o apoio da Guarda Municipal e da Polícia Militar, trabalha incansavelmente pela maior segurança da cidade. Como resultado dessas ações, os índices de criminalidade do município têm reduzido consideravelmente.
Em relação a casos de homicídio, é nítida a queda nos números desses crimes. No ano de 2007, por exemplo, foram registrados 23 casos de homicídio. Em 2010 e 2011, esse número caiu para sete e nove, respectivamente. De acordo com a delegada Cláudia Nardy Abbud, dos sete homicídios ocorridos no ano passado, cinco foram elucidados. Já este ano, dos nove crimes, seis tiveram êxito na busca de seus autores.

“Não considero Três Rios como uma cidade violenta. O investimento na segurança pública tem sido grande, como a instalação do Batalhão, da Central de Monitoramento, da Delegacia Legal”, afirmou a delegada, revelando que ainda há coisas a serem melhoradas, como o déficit de número de policiais lotados na 108ªDP.

Caso Jéssica e as dificuldades de investigação do crime
A universitária Jéssica Phillipp Giusti, 21 anos, foi assassinada no dia 18 de outubro de 2010. A jovem era de Piracicaba, interior do estado de São Paulo, e cursava o segundo período de Direito na UFRRJ. De acordo com a delegada Cláudia Nardy, a ausência de provas dificulta a investigação do crime.

“O caso Jéssica foi lamentável. Naquela época, não contávamos com as câmeras da Central de Monitoramento. A falta de prova materiais e testemunhais dificultou muito a investigação. Com o apoio do Ministério Público e do Judiciário, usamos todos os recursos e medidas cautelares possíveis na busca do autor do homicídio”, declarou.
Apesar das dificuldades de investigação, a 108ª DP continua na busca pela elucidação do crime. “Estamos trabalhando no caso Jéssica até hoje. O inquérito está em andamento e retornará ao Ministério Público no próximo dia 16. No último mês, ouvimos várias testemunhas em potencial do crime. Iremos continuar trabalhando arduamente até chegarmos ao autor desse homicídio”, disse Cláudia Nardy.

Com a proximidade de um ano da morte de Jéssica, a delegada afirma estar preparada para possíveis questionamentos da população e de familiares e amigos da vítima. “Tenho a consciência tranquila de que tudo foi feito de forma séria e empenhada. Todas as informações que recebemos foram verificadas. Ouvimos todos os suspeitos. Trabalhamos de forma direta e contínua. Infelizmente, ainda não tivemos êxito no caso”, disse Cláudia Nardy.

Considerada uma jovem tranquila, estudiosa, de boa formação e sem envolvimento com drogas, Jéssica morreu às 5 horas da manhã do dia 18 de outubro de 2011. O assassinato ocorreu em uma madrugada chuvosa do primeiro dia do horário de verão.

Para a delegada da 108ªDP, não se pode descartar nenhuma hipótese da motivação do homicídio. Mas segundo ela, o perfil do crime tende à tentativa de roubo com reação da vítima ou à intenção de um crime sexual que não chegou a se consumar. De acordo com Cláudia Nardy, não houve indício de estupro e dois bens materiais da universitária desapareceram. Jéssica morreu vítima de traumatismo craniano.

Fonte: Entrerios Jornal

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