terça-feira, 9 de agosto de 2011

Novo marco regulatório das ferrovias aumentará o tráfego em Três Rios e beneficiará empresas locais

O novo marco do transporte ferroviário, publicado no último dia 20 de julho pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) fará aumentar o tráfego ferroviário em Três Rios e região. Um dos principais pontos do marco é o estabelecimento de metas de produtividade a serem cumpridos pelas concessionárias, que podem ser obrigadas a autorizar o uso de suas malhas por empresas que possuem trens, sejam ou não concessionárias, ou até mesmo devolver trechos para o governo federal.

Com o crescimento da demanda por transporte de minério, em especial com a construção dos portos do Sudeste (em Itaguaí) e do Açu (em São João da Barra), e com o Comperj (em Itaboraí) que fornecerá produtos da 2ª e 3ª geração de petroquímicos para a indústria mineira e Goiana, principalmente, as ferrovias passarão a ser demandadas mais intensamente e Três Rios ainda concentra um dos maiores entroncamentos ferroviários do país, com ramais da FCA e da MRS.

Esse mesmo ponto do novo marco regulatório do setor beneficiará as indústrias locais, que não precisarão mais depender da MRS ou FCA para utilizar o transporte ferroviário. O marco estabelece que as empresas poderão contratar serviços de operadores diferentes, que não as concessionárias, ou terem seu próprio material rodante (trens) para utilizar a capacidade ociosa das concessionárias. Produtos industriais e da construção civil, especialmente, podem ser beneficiados, uma vez que o transporte por trem é mais barato que o rodoviário, pelo volume transportado. Um trem com 30 vagões de 50 toneladas cada equivale a um comboio de 83 caminhões de 30 toneladas. Outra vantagem é que as indústrias poderão contratar conjuntamente o serviço e dividir o custo do transporte, que ficará mais barato que o uso de caminhões.

Há pelo menos uma empresa em Três Rios interessada em utilizar o transporte ferroviário para trazer seus produtos para a Região Metropolitana do Rio de Janeiro, atuando no setor da construção civil, o custo com o uso do trem será bastante inferior ao frete rodoviário, uma vez que seu produto possui alto volume e peso mais baixo valor agregado.
Fonte: Entrerios Jornal

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