A situação de rua já é a terceira causa no acolhimento de menores de idade em abrigos públicos no Rio de Janeiro. O motivo para que isso ocorra é aumento do uso de drogas. O dado faz parte do Censo da População Infanto-juvenil Acolhida, divulgado na última sexta-feira (24), pelo Ministério Público Estadual (MP).
Em sua quinta edição, o relatório referente ao primeiro semestre deste ano aponta que de um total de 2,6 mil jovens abrigados em instituições públicas, 224 (8,6%) foram acolhidos por estarem em situação de rua. No censo anterior, do segundo semestre de 2009, eram 204 jovens nessa situação, 7,3% do total. No primeiro levantamento, feito no primeiro semestre de 2008 eram 221 menores, que correspondiam a 5,9% do total.
O aumento é atribuído pela promotora pública de Justiça Gabriela Brandt ao uso crescente de drogas pelas ruas, principalmente crack. “Uma das grandes causas disso são as drogas. O crack tem sido uma preocupação constante do Ministério Público, mas o município precisa chamar para si a responsabilidade, porque é uma situação não só de abandono familiar, mas também de saúde pública. Isso precisa ser urgentemente trabalhado, se não daqui a pouco vai ser o primeiro motivo dos acolhimentos”, disse a promotora.
O censo também mostrou que 889 crianças e adolescentes abrigados no estado - 34% do total - nunca receberam qualquer visita de parentes. Desse percentual, 27% são crianças até seis anos, que crescem sem vínculos familiares em uma das 240 unidades de acolhimento fluminenses.
O censo também mostrou que 889 crianças e adolescentes abrigados no estado - 34% do total - nunca receberam qualquer visita de parentes. Desse percentual, 27% são crianças até seis anos, que crescem sem vínculos familiares em uma das 240 unidades de acolhimento fluminenses.
No primeiro censo, eram 3.732 crianças e adolescentes, 30% a mais do que o registrado hoje. Com o passar do tempo, fica mais difícil a adoção, pois as famílias preferem crianças de menor idade. Nos abrigos do Rio, 29% dos jovens têm até 6 anos de idade. A maior parte, porém, com 52%, tem de 10 a 18 anos. Segundo o levantamento do MP, 9% dos jovens moram há mais de cinco anos nos abrigos, sendo que 2,2% moram há mais de dez anos.
Os dados completos do censo podem ser acessados na página www.mp.rj.gov.br, no link Módulo Criança e Adolescente.
Fonte: Agência Brasil
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