quarta-feira, 14 de julho de 2010

Entre-Rios Jornal Online - Um governo bom, para os empresários


As justificativas são sempre as mesmas: faltam verbas, o município vive um momento difícil, estamos pagando dívidas deixadas por administrações anteriores. Tudo para conter os pedidos, sejam eles da população ou de vereadores, por melhorias em alguns pontos de Paraíba do Sul.

Mas essa "contenção de despesas" não se aplica a todos os setores da administração pública sulparaibana. Principalmente quando os empresários estão envolvidos nas transações. Prova disso é que na última semana, a Prefeitura divulgou uma notícia que, a princípio, poderia ser comemorada pela população: a desapropriação da Fábrica de Manilhas, que passa a integrar o patrimônio do município. Entretanto, mais uma vez, foi um mau negócio feito com o dinheiro da população.

Entenda o caso

No dia 1º de setembro de 2008, às 14h, no Salão do Tribunal do Júri do Fórum de Três Rios, o então Juiz Titular da 1ª Vara de Três Rios, Dr. Amadeu Mendes Campanati, fez a abertura dos envelopes com as propostas para o segundo leilão dos bens remanescentes da extinta Cia. Santa Matilde. Entre esses bens, estava o imóvel localizado na Avenida Prefeito Bento Gonçalves Pereira, nº 1.322, bairro das Palhas, em Paraíba do Sul, ocupado, já há alguns anos pelo Governo Municipal, onde funciona atualmente a fábrica de manilhas, abastecimento e manutenção dos veículos da prefeitura, sede administrativa da Secretaria de Obras e uma quadra poliesportiva construída para a comunidade da Rua das Palhas.

Antes do leilão, o juiz Amadeu, que durante 14 anos atuou em Paraíba do Sul, ofereceu à Prefeitura uma proposta para a compra do imóvel. Três reuniões foram realizadas entre o Dr. Amadeu Campanati, representante do Ministério Público e o Governo Municipal, contando com a presença do prefeito Gil Leal e da procuradora Regina Mattos, quando a prefeitura abriu mão da compra, afirmando não ter condições financeiras para adquirir o imóvel.

Houve a tentativa de negociação com a municipalidade, que tem preferência, como o Estado e a União, e poderia desapropriar o imóvel. Mesmo após outros três encontros, novamente o prefeito e a procuradora afirmaram que não teriam recursos disponíveis para efetivar a compra, como contou o juiz Amadeu Campanati.

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