sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

A TRISTE REALIDADE DE UMA CRIANÇA/ADOLESCENTE À ESPERA DA ADOÇÃO.

Paraíba do Sul possui 24 crianças em abrigos.
O Blog da Juventude Ativa de Paraíba do Sul teve acesso ao Censo da População Infanto-Juvenil abrigada do Estado do Rio de Janeiro, que foi divulgado pelo Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro. O documento lançado em 2008 mostra que o estado possui 3.732 crianças vivendo em 235 abrigos. O Estado de São Paulo abriga aproximadamente 27.000 C/A em 540 abrigos. Coordenado pelo Módulo da Criança e do Adolescente do MP, a pesquisa foi realizada durante um ano.Segundo mostra a pesquisa os dados revelam que o número de crianças e adolescentes (C/A) que chegam aos abrigos espalhados pelo estado é muito superior ao número de crianças adotadas. E um das principais causas é a lentidão burocrática para a adoção e a falta de pessoas interessadas em adotar.

Os dados comprovam que as maiorias dos casos estão relacionadas respectivamente pelos seguintes motivos: por negligência (14,34%), por carência de recursos materiais por parte dos pais ou responsáveis (12,78%), por abandono pelos responsáveis (11,68%). E as três menores incidências estão relacionadas à falta de creches em horário integral (1,50%), uso abusivo de drogas ou álcool (0,6%), exploração sexual para fins de prostituição infanto juvenil (0,08%), prostituição dos pais (0,08%). Os dados também comprovam que no estado do rio cerca de 3% dos abrigados vivem longe dos pais à mais de 10 anos.
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Em Paraíba do Sul os dados comprovam que 24 abrigados, onde 6 possuem alguma deficiência e outros 9 de C/A abrigados necessitam de tratamento especial, além disso aptos à adoção possuem 2, o que representa 0,05% do contingente de abrigados.
Os principais motivos do abrigamento no município são: Falta de creche e escola em horário integral, Abusos físicos ou psicológicos contra a criança ou adolescente, abandono por parte dos pais, abuso e exploração sexual e dentre as menores incidências estão orfandade, pais ou responsáveis alcoólatras ou drogados.

Além disso, nos abrigos sulparaibanos 91% tem seus pais vivos, porém a taxa de pais que visitam seus filhos é relativamente baixa, cerca de 60%.
Nos abrigos constata-se a ausência de vínculos familiares e comunitários como também a falta de referenciais familiares, a falta de carinho e atenção, dentre muitos outros fatores que acabam influenciando na vida dos jovens que residem nestes locais. A base familiar se faz necessário na vida de cada ser, e na vida dessas crianças e jovens não é diferente. Crianças e adolescentes que muitas das vezes sentem falta de um abraço ou um simples gesto.
Tiago Martins


Juventude Ativa de Paraíba do Sul: Em defesa do direito da juventude
Juntos, nós e você já somos dois gritando

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