Educação e seus avanços tecnológicos.
Hoje (08) se iniciou o ano letivo de milhares de alunos da rede estadual do Rio de Janeiro. Algumas escolas com inovações, novidades e outras talvez nem tanto, porém o foco aqui será o investimento que o governo do estado vem implantando nas instituições de ensino do estado.
Durante o ano passado foram anunciadas algumas medidas para serem implantadas nas escolas, dentre as quais se destacam a colocação de ar-condicionado nas salas. Um investimento de milhões de reais. Porém há aproximadamente dois anos os profissionais da educação não tem recebido o aumento dos salários, com a alegação de falta de verba, mas como tem verba para ar-condicionado e tantas outras parafernalhas e não tem verba para o salário e capacitação dos professores?
Tem um artigo escrito por Arnaldo Niskier que é acadêmico da ABL e também presidente do Centro Integração Empresa-Escola que ilustra muito bem a nossa linha de raciocínio:
“Hoje, com a educação decadente e índices lamentáveis no “Prova Brasil”, especialmente em língua portuguesa, o Rio de Janeiro parece se orgulhar da compra de centenas de aparelhos de ar-condicionado para colocar em algumas escolas fluminenses. Quem vai pagar a conta do consumo, ainda não se sabe. Nem como será feita a complicada manutenção, sobretudo em cidades do interior. Sem aumentar significativamente os salários dos professores, há dois anos, alegando falta de verba, o governo compra computadores, microfones e aparelhos de ar-condicionado, como se isso fosse melhorar a qualidade do ensino, que carece de providências estruturantes, ainda longe de serem tomadas. Não se conhece um só caso da educação mundial em que a qualidade do ensino foi substancialmente aperfeiçoada graças à existência de luxuosos aparelhos de ar-condicionado. Ao contrário, sempre houve crescimento quando professores e especialistas receberam melhores salários. É preciso ponderar sobre isso.”
“Hoje, com a educação decadente e índices lamentáveis no “Prova Brasil”, especialmente em língua portuguesa, o Rio de Janeiro parece se orgulhar da compra de centenas de aparelhos de ar-condicionado para colocar em algumas escolas fluminenses. Quem vai pagar a conta do consumo, ainda não se sabe. Nem como será feita a complicada manutenção, sobretudo em cidades do interior. Sem aumentar significativamente os salários dos professores, há dois anos, alegando falta de verba, o governo compra computadores, microfones e aparelhos de ar-condicionado, como se isso fosse melhorar a qualidade do ensino, que carece de providências estruturantes, ainda longe de serem tomadas. Não se conhece um só caso da educação mundial em que a qualidade do ensino foi substancialmente aperfeiçoada graças à existência de luxuosos aparelhos de ar-condicionado. Ao contrário, sempre houve crescimento quando professores e especialistas receberam melhores salários. É preciso ponderar sobre isso.”
Se formos observar os países desenvolvidos, o pilar dessas nações começa na educação, e alguns dizem que a educação é a chave para o desenvolvimento. Mas será que com esses investimentos ganharemos ao longo prazo uma educação de qualidade?
Além disso, há também o cartão magnético que começará ser usado para merenda, entrada, lista de presença e tantas outras coisas, é até interessante, mas isso fica para a próxima.
É hora de começarmos a refletir e vermos o que queremos para nós e também para nossos filhos e crianças desta nação.
Até a próxima.
2 comentários:
Sou professora da rede e vejo o descaso com os funcionários do estado, professores sem aumento de salário e muitas outras coisas, porém é necessário arrumar a casa e também oferecer conforto aos alunos, mas o ar acho de mais.
O pior é que além do ar condicionado, os computadores dos professores nas salas de aulamtambém são alugados.
A campanha do Gabeira denunciou ano passado isso.
Além de alugados, não estavam sendo usados.
Não sei como se encontra hoje.
Mas é um descaso alugar enquanto se pode comprar!
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