quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Dia 26 de Janeiro - O dia que o Paraíba deixou marcas.


Dia 26 de Janeiro

O dia que o “Paraíba” deixou marcas.

 Paraíba do Sul acordou embaixo d’água na manhã desta terça-feira (26). As previsões se confirmaram e o nível das águas do Rio Paraíba do Sul subiram consideravelmente, inundando bairros inteiros e levando o caos para o trânsito em diversos pontos da cidade. Cenas que vem marcando a vida da população sulparaibana desde o primeiro dia de 2010. O episódio que ocorreu ontem em Paraíba do Sul deixaram seqüelas mesmo após o rio voltar ao nível normal. Famílias que hoje choram por que perderam tudo o que tinham, e que obtiveram com sacrifício e muito luta.


Nas últimas semanas temos sido bombardeados por inúmeras notícias relacionadas a catástrofes naturais. Começou com as enchentes em São Paulo no final de 2009, passou pelas cidades de São Luís do Paraitinga e Angra dos Reis, onde a chuva também causou grandes estragos, chegando à Europa e EUA, com nevascas graves, e terminando com os tremores sentidos no Haiti.
E o primeiro detalhe que chama nossa atenção diante dessas ocorrências é a capacidade humana de mobilizar esforços para ajudar o próximo. Cada uma dessas notícias é sempre acompanhada pela menção de desconhecidos que arriscam as próprias vidas na ânsia de fazer o bem.
E é claro que não poderíamos deixar de lembrar o trabalho das forças oficiais de ajuda. Bombeiros e policiais, militares e civis, todos são parte importante de um trabalho humanitário, seja diante de ruínas ou deslizamentos.
Mas será que precisamos de grandes tragédias para reunir tantas boas intenções? Será que apenas nos grandes momentos de tristeza o ser humano consegue ser solidário, empático àquele que não conhece diretamente?
Logicamente não tenho a intenção de comparar o dia-a-dia normal de um cidadão com a rotina de alguém que teve a vida arrasada por um evento imprevisível. O que eu peço é proporcionalidade.

Se durante as grandes tragédias vemos grandes feitos heróicos, será que na nossa vida diária não é possível ver pequenos atos de grandeza, que possam melhorar o dia do outro? Seja um bom dia ao vizinho que encontramos no elevador, uma porta aberta a uma senhora, um lugar oferecido no ônibus a quem parece cansado...
Pense na quantidade de pessoas que passam por você diariamente, e na diferença que você pode fazer na trajetória de cada uma delas. Basta um segundo de sorriso para você transformar o dia de alguém por completo, fazendo com que este abandone o negativismo do momento e abrace um novo ânimo. Você pode salvar vidas sem saber...

É claro que alguns momentos pedem uma mobilização maior que outros. Mas isso não quer dizer que cada minuto de nosso dia não possa ser dedicado a ajudar um semelhante. E mesmo os pequenos gestos farão uma grande diferença.

Autor: Lucas Couto
Editado e Adaptado: Tiago Martins

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