segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

DE FRENTE COM TIAGO MARTINS

DE FRENTE COM TIAGO MARTINS
TODAS AS SEGUNDAS-FEIRAS AQUI NO BLOG DA JUVENTUDE ATIVA DE PARAÍBA DO SUL

Hoje o Blog da Juventude Ativa (18) está com mais uma novidade. Inédito nos Blogs da região, estamos estreiando "De Frente com Tiago Martins", que é um quadro de entrevistas com diversas personalidades da cidade e região.
E para começarmos hoje conversaremos com a mentora do Projeto "Conhecer para Respeitar" realizado em Paraíba do Sul. E conheça o perfil da entrevistada de hoje.


Breve biografia:
Rose Irene Corrêa
40 anos - casada
Professora da Rede Estadual - 19 anos e da Rede Municipal - 9 anos.
Formação:
Estudos Adicionais - Matemática e Ciências
Graduação: Normal Superior
Pós Graduação: Psicopedagogia
Dinamizadora do Pólo de Tecnologia Educacional - Teleposto de Paraíba do Sul

Na Entrevista de hoje com Rose Irene iremos abordar sobre o Projeto de Orientação Sexual "Conhecer para respeitar" e também sobre as DST's (Doenças Sexualmente Transmissivéis).


Envie perguntas para Rose no "De frente com Tiago Martins" através de nosso e-mail e também no Fale Conosco.
Contatos: Através do Fale Conosco (CHAT) oferecido pelo Blog de MSN;
                  e-mail: martinstiago_ps@hotmail.com.br;
                  Através do Comentários nas postagens.


A seguir acompanhe a Entrevista com Rose Irene na íntegra.




Parte 1
1 – Qual é o trabalho realizado por você na Rede Municipal de Ensino?

Na Rede Municipal de Ensino eu desenvolvo o meu Projeto de Orientação Sexual “Conhecer para respeitar”!
Fiz esse projeto e ofereci à Secretaria Municipal de Educação por pensar ser importante demais promover a saúde, trabalhando a prevenção das Doenças Sexualmente Transmissíveis, da gravidez indesejada, do uso abusivo das drogas entre outros assuntos que abordo.

2 – Há quanto tempo é realizado este trabalho no município e quais escolas são atendidas?
2010 será o oitavo ano do Projeto.
Eu trabalho com os alunos do 4º e do 5º anos, nas escolas da zona rural, no primeiro semestre do ano e no segundo semestre, trabalho com os alunos de todas as turmas de 5º ano da zona urbana. Isso em um ano. No ano seguinte eu não vou à zona rural e trabalho com as turmas de 7º, 8º e 9º anos, no primeiro semestre.
3 – Como é desenvolvido, através de quais meios são realizados os trabalhos junto aos alunos da rede?
Trabalho com vídeos adequados à idade dos alunos, faço dinâmicas e uso, principalmente, muita conversa franca.
4 – Você junto com os diretores, a secretaria de educação, tem visto os resultados?

Para mim o resultado imediato é visível, pois os alunos ficam mais maduros com relação ao assunto, tendo mais informação, respeitam não só a si como aos outros. Esse é um exemplo de relato das próprias professoras dessas turmas.
Verificamos, também, que o número de meninas grávidas nas escolas diminuiu. É claro que ainda aparecem meninas grávidas nas escolas, mas sei que muitas outras não estão. Temos muitas adolescentes grávidas, mas a maioria são meninas que não estão freqüentando escola. Não tenho a pretensão de salvar a humanidade, mas tenho certeza de que meu trabalho vale a pena a partir do momento que ajudo alguém. Já tive, por exemplo, aluna que ia abortar e desistiu depois de me ouvir falar do que é um aborto, de como o aborto age no corpo da mãe e do bebê.
 5 – Os alunos recebem bem a proposta de trabalho ou há tabus sobre o assunto?
A grande maioria dos alunos recebe muito bem o trabalho, mas é claro que o preconceito existe. Às vezes o aluno se mostra receoso de participar da aula, mas na verdade ele só está demonstrando o que vive em casa. Para algumas famílias esse assunto é muito difícil de ser tratado e a criança, ao dizer que quer participar se sente ofendendo sua família, fazendo uma coisa proibida.
Todos nós temos sexualidade desde que nascemos e convivemos com ela a vida toda. Ter curiosidade é normal e pode ser saudável, quando buscamos informação e mesmo assim é normal termos dúvidas sempre. Até hoje, a maioria das pessoas que encontrei, gostam de conversar sobre esses assuntos.
6 – O trabalho é desenvolvido somente junto aos alunos ou também junto aos pais? Caso seja positiva a resposta, como é desenvolvido?
Para começar o trabalho com os alunos do 4º e 5º anos, primeiro converso com os pais deles. Me apresento, falo o que é o projeto, qual sua importância, como vou trabalhar, qual o material que vou usar e peço autorização para que as crianças assistam as aulas. Nessa conversa acabo sempre dando umas dicas sobre o assunto, tanto para os próprios adultos como também para seus relacionamentos com os filhos. Em algumas escolas, a pedido da direção, também faço palestras dirigidas a esse público adulto.
Parte 2
7 – Atualmente os índices de DST’s têm crescido muito entre os jovens, você poderia nos relatar o que e quais são as DST’s?

As doenças sexualmente transmissíveis (DST) são causadas por vários tipos de agentes – vírus / bactérias. São transmitidas, principalmente, por contato sexual sem o uso da camisinha, seja feminina, seja masculina, com uma pessoa que esteja infectada e, geralmente, se manifestam por meio de feridas, corrimentos, bolhas ou verrugas. Algumas DST são de fácil tratamento e rápida resolução. Outras têm tratamento mais difícil ou podem persistir ativas, apesar da sensação de melhora. Algumas DST, quando não diagnosticadas e tratadas a tempo, podem evoluir para complicações graves e até a morte. Uma das principais preocupações relacionadas às DST é o fato de facilitarem a transmissão sexual do HIV.

Alguns exemplos de DST:
8 – Você tem algumas estatísticas, ou índices sobre a incidência de DST’s em Paraíba do Sul?

Aqui da cidade não tenho números, infelizmente, para informar agora, mas veja esses dados:
A Organização Mundial de Saúde estima que ocorram, no mundo, cerca de 340 milhões de casos de DST por ano. Nessa estimativa não estão incluídos a herpes genital e o HPV.

Em números, no Brasil, as estimativas de infecções de transmissão sexual na população sexualmente ativa são:
  • Sífilis: 937.000
  • Gonorréia: 1.541.800
  • Clamídia: 1.967.200
  • Herpes genital: 640.900
  • HPV: 685.400
Fonte: PN-DST/AIDS, 2003.
9 – Como podem ser evitadas as DST’s?
Para evitar a contaminação é preciso usar preservativo – a camisinha – sempre. Em todas as relações, seja a masculina ou a feminina. A camisinha masculina é distribuída gratuitamente nos postos de saúde. É importante, também, diminuir o número de parceiros.
10 – As DST’s matam?

A maioria das DST tem cura, mas se não forem tratadas adequadamente, podem ter graves conseqüências, inclusive levando à morte. A gonorréia, por exemplo, é fácil de ser tratada e curada, mas pode causar esterilidade tanto no homem quanto na mulher e pode levar à morte. Pode também causar cegueira no bebê, quando ele passar pela secreção vaginal causada pela doença, na hora do parto.
Muitas das DST são difíceis de serem percebidas pelas mulheres, já que o nosso aparelho reprodutor está para dentro do corpo, ao contrário do homem que pode ver qualquer alteração no pênis ou na bolsa escrotal.
No caso da Aids, todos sabemos que ainda não tem cura, os remédios que são tomados – são tantos por dia que chamamos de coquetel – ajudam a fortalecer as defesas naturais do organismo para evitar que o número de vírus não aumente rapidamente, permitindo que a pessoa viva por mais tempo. Como qualquer remédio, esses também tem reações colaterais, fora o preconceito que essas pessoas sofrem. Não podemos menosprezar a doença e muito menos achar que não vai acontecer com a gente. Toda e qualquer pessoa que se expuser ao risco...
11 – Exemplo: Uma pessoa descobre que tem alguma DST, qual é a providência a ser tomada?
Ao perceber qualquer sintoma - feridas, corrimentos, bolhas, coceira, ardência no canal vaginal ou no pênis ou verrugas no pênis, na vagina ou no anus – a providência a ser tomada é procurar um médico – ginecologista para as mulheres e urologista para os homens. Nunca se automedicar.
 Parte 3
Você poderia deixar uma mensagem aos jovens, a população em geral, aos leitores do Blog da Juventude Ativa de Paraíba do Sul sobre as DST’s.

O que gostaria de dizer é que viver é bom demais, mas com saúde é muito melhor!
Para algumas coisas que acontecem com a gente, nada podemos fazer para evitar, mas esse não é o caso das Doenças Sexualmente Transmissíveis. Costumamos dar valor para as coisas depois que as perdemos e com a saúde é exatamente assim.
 Sexo é bom sim, mas com responsabilidade é melhor! 

2 comentários:

Anônimo disse...

Parabens ao blog da juventude ativa eu acho q informação é tudo e tem que ser colocada para todos verem

muito boa a entrevista
abraços

Equipe da Juventude Ativa de Paraiba do Sul disse...

O Blog da Juventude Ativa agradece a participação e revela que semana haverá mais entrevistas...por isso não pare de frenquentar o Blog.

Um Forte Abraço