quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Jovens: Precisamos de estrutura familiar, educação e oferta de emprego.



A cada 60 minutos, sete jovens, com a idade entre 18 e 29 anos são presos no Brasil. Em 24 horas, a polícia recolhe 168 jovens. Ao fim de cada dia, apenas 118 desses presos são soltos por ser inocentes ou terem cumprido suas penas. Por ano são 68,4 mil jovens que entram nas prisões, 58% a mais do que os 43,2 mil presos dessa idade que são libertados. Com uma agravante: 70% dos jovens presos são reincidentes.
Avalia-se que 4,5 milhões de jovens entre 15 e 29 anos estão em “situação de risco”, pois preenchem três requisitos que mais se repetem entre os jovens delinqüentes. Primeiro, são analfabetos ou estão fora da escola. Segundo, estão desempregados. Terceiro, suas famílias são desestruturadas ou enfrentam crise financeira.
Mas, o que se faz no Brasil para salvar esses jovens enquanto é tempo?

A regra é se perderem entre a alfabetização e o ensino médio. Mas, se estudam e concluem um curso universitário — no caso, de Direito — não conseguem exercer a profissão porque têm dificuldades de aprovação no exame elementar da Ordem dos Advogados que testa conhecimentos indispensáveis ao exercício da profissão. Efeito, basicamente, da má qualidade dos cursos.
O dilema da juventude brasileira é terrível. De um lado, os analfabetos — perto de 11 milhões de brasileiros — alimentam as estatísticas de criminalidade: 15 em cada 100 jovens delinqüentes não foram á escola. Do outro lado, jovens formados numa universidade (que supõe a escolaridade mínima de 12 anos) engrossam a estatística dos desqualificados profissionalmente:
19 de cada 100 estudantes que concluem o curso de Direito não estão aptos a advogar. Motivo: são diplomados, mas não sabem Direito. As universidades
(com mais de 4 milhões de alunos) ensinam mal, não são fiscalizadas e diplomam jovens que cometem erros elementares de português. O que acontece com os formados em direito, também se repetiria entre médicos, engenheiros, dentistas, agrônomos que concluem seus cursos universitários. Considerando que tanto a alfabetização como a fiscalização dos cursos superiores é “dever do estado e direito dos cidadãos” pode-se concluir que o governo falha e abandona os jovens.
Pelos extremos — a delinqüência alimentada pela falta de escolaridade e a decepção dos que conseguem um título universitário — comprova-se que os jovens brasileiros estão entregues à própria sorte e seu futuro é uma loteria.
O quadro indica que se torna urgente atuar nas duas pontas do processo, na infância — com a valorização do papel da família — e na criação de expectativas
para os que chegam à idade adulta. No mínimo que tenham a garantia de que a formação que receberem, seja nos cursos de qualificação profissionalizante,
seja nas universidades, vai lhes abrir oportunidade para uma vida de trabalho e busca da felicidade. Tudo o que não existe hoje, pois só uma parte dos jovens brasileiros cumpre essa trajetória que deveria estar franqueada a todos.
A juventude Ativa é a favor que seja realizado programas voltados para a juventude Brasileira, buscando oferecer melhores condições de vida.

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